Hamas libertará reféns nas primeiras horas desta segunda

TEL AVIV, 12 OUT (ANSA) – O governo de Israel declarou que a libertação dos 20 reféns vivos sob poder do grupo fundamentalista islâmico Hamas deve começar nas primeiras horas desta segunda-feira (13), perto do fim do prazo de três dias fixado pelo plano de paz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.   

Segundo um porta-voz do Executivo do premiê Benjamin Netanyahu, os sequestrados devem ser soltos ao mesmo tempo e entregues à Cruz Vermelha. Em seguida, eles serão levados para o outro lado da fronteira e transportados para a base militar de Re’im, no sul de Israel.   

A expectativa é de que isso ocorra sem cerimônias de exposição pública dos reféns por parte do Hamas, diferentemente do início do ano, quando israelenses raptados foram colocados em palcos diante de multidões antes de sua restituição.   

A Praça dos Reféns, em Tel Aviv, ficará aberta ao público de madrugada e transmitirá a libertação ao vivo. Outros 28 sequestrados foram mortos durante o cativeiro em Gaza, porém o prazo para a devolução dos corpos às famílias ainda é incerto, uma vez que nem todos já foram localizados.   

Enquanto isso, Trump embarca para o Oriente Médio neste domingo (12) e planeja visitar os libertados, caso as condições de saúde deles permitam. Em seguida, ele irá ao Egito para participar da cerimônia oficial da assinatura do acordo de cessar-fogo, que está em vigor desde a última sexta-feira (10).   

O evento terá a presença de diversos líderes internacionais, mas não do Hamas. Em troca da libertação dos reféns, Israel vai soltar 1.950 prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua, mas as negociações sobre a lista de beneficiados ainda estão em curso.   

O grupo islamita insiste na inclusão de Marwan Barghouti, figura mais popular dos territórios ocupados e apelidado de “Mandela palestino”, porém Israel tem negado a demanda.   

Já as questões relativas ao desarmamento do Hamas e à gestão da Faixa de Gaza serão enfrentadas nas próximas rodadas das tratativas. Na trégua do início deste ano, não houve avanço nesses temas, e o conflito foi retomado por Israel. (ANSA).