O Ministério da Saúde do Hamas anunciou, nesta sexta-feira (noite de quinta, 14, no Brasil), que foram registrados 14 mortos e 150 feridos por “disparos israelenses” contra uma multidão que esperava ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

“As forças de ocupação israelenses tomaram como alvo uma reunião de cidadãos que aguardavam ajuda humanitária [em uma pequena praça na Cidade de Gaza]. Até agora, 11 mortos e 100 feridos foram transportados ao hospital al-Shifa”, declarou o ministério em comunicado, elevando em seguida o balanço para 14 mortos e 150 feridos.

Procurado pela AFP, o Exército israelense não fez comentários sobre essas informações até agora.

No local, um colaborador da AFP viu muitos corpos e feridos a bala.

A ONU teme a ocorrência de fome generalizada no território sob cerco israelense, especialmente no norte, de difícil acesso, onde atualmente vivem cerca de 300.000 pessoas.

A Faixa de Gaza, sitiada por Israel desde 9 de outubro, sofre com uma grave escassez de insumos e vários países recorreram a aviões para enviar ajuda humanitária.

Mas 25 ONGs, incluindo a Anistia Internacional e a Oxfam, alertaram que essas operações humanitárias aéreas “não são uma alternativa” às entregas por terra.

O conflito teve início em 7 de outubro, com o ataque de comandos islamistas em solo israelense, no qual morreram cerca de 1.160 pessoas, sobretudo civis, segundo balanço da AFP com base em dados israelenses.

Os comandos islamistas também sequestraram, durante a incursão, cerca de 250 pessoas e 130 ainda estariam sob poder do Hamas em Gaza, das quais 32 teriam morrido.

Em retaliação, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e lançou uma campanha militar que deixou até o momento 31.341 mortos, a maioria civis, segundo o ministério da Saúde de Gaza.

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