Os líderes do Hamas na Faixa de Gaza condenaram, neste sábado (30), a aprovação por parte dos Estados Unidos de uma venda de munições de artilharia altamente explosivas e equipamentos relacionados pelo valor de US$ 147,5 milhões (R$ 714 milhões) a Israel.

Os Estados Unidos anunciaram a venda de munições de artilharia de 155 milímetros na sexta-feira sob um dispositivo de emergência que a exime do requisito normal de revisão do Congresso.

O Hamas disse que a venda era “uma clara evidência do absoluto patrocínio desta guerra criminosa por parte da administração americana”.

O governo do presidente Joe Biden “se alinha visivelmente e apoia ativamente todas as atrocidades cometidas” por Israel, disse o grupo em comunicado.

O Hamas acrescentou que essas atrocidades de guerra levaram à “matança impiedosa de crianças e civis, ao deslocamento forçado de moradores e à destruição sistemática de vidas de civis” em Gaza.

Israel lançou uma campanha militar feroz contra o Hamas em Gaza depois que o grupo islamista realizou um ataque brutal e sem precedentes no sul de Israel em 7 de outubro.

Nesse dia, a ação do Hamas deixou cerca de 1.140 mortos em Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números israelenses.

Desde então, a ofensiva israelense em Gaza já matou pelo menos 21.672 pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Na medida em que aumentam as mortes de civis em Gaza, a imagem internacional dos Estados Unidos recebe um duro golpe por seu apoio contínuo a Israel.

No início deste mês, os Estados Unidos recorreram ao mesmo dispositivo de emergência para aprovar a venda de quase 14.000 cartuchos de munição para tanque de 120 milímetros a Israel.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, determinou que “existe uma emergência que requer a venda imediata ao governo de Israel”, segundo a nota.

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