Hamas anuncia que guerra com Israel provocou 29.313 mortes

Hamas anuncia que guerra com Israel provocou 29.313 mortes

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou nesta quarta-feira, 21, que 29.313 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino em 7 de outubro.

Em um comunicado, o Ministério da Saúde de Gaza, um território palestino governado pelo Hamas desde 2007, informou que foram registradas 118 mortes nas últimas 24 horas. Também informou que 69.333 pessoas ficaram feridas desde o início do conflito.

Israel prossegue com os bombardeios contra a Faixa de Gaza, onde a crise humanitária aumentou com a suspensão do envio de ajuda ao norte do território palestino por parte da agência de alimentos da ONU.

As tentativas de encerrar o conflito entre Israel e Hamas chegaram ao Conselho de Segurança da ONU, mas os Estados Unidos vetaram uma resolução que pedia um cessar-fogo.

Durante a votação do texto, as tropas israelenses continuaram com os ataques na Faixa de Gaza, território controlado desde 2007 pelo Hamas.

Testemunhas mencionaram disparos intensos na principal cidade do sul de Gaza, Khan Yunis, e em Rafah, localidade na fronteira com o Egito, onde quase 1,4 milhão de palestinos deslocados buscaram refúgio.

Rafah, o último alvo das operações terrestres israelenses, também é o principal ponto de entrada dos comboios de ajuda humanitária procedentes do Egito.

A ONU alerta de maneira insistente para a grave situação no território e afirmou esta semana que a escassez de alimentos e as doenças podem levar a uma “explosão” das mortes de crianças.

Na terça-feira, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) anunciou que precisou suspender as entregas no norte do território depois de enfrentar a “violência e um completo caos”.

A agência da ONU afirmou que seu comboio foi recebido com tiros, violência e saques. O motorista de um caminhão foi agredido.

O governo do movimento islamista Hamas fez um apelo ao PMA para que “reverta imediatamente a decisão desastrosa, que significa uma sentença de morte para 75% de um milhão de pessoas”.

Diante de edifícios destruídos e dos escombros na Cidade de Gaza, Ahmad declarou à AFP que os moradores não conseguem mais suportar. “Não temos farinha, nem sabemos para onde ir com este frio”, disse. “Exigimos um cessar-fogo. Queremos viver”, acrescentou.