O movimento palestino Hamas anunciou neste sábado (5) a morte de dois de seus integrantes em bombardeios israelenses no norte e no leste do Líbano, ao passo que o Exército de Israel confirmou ter matado dois comandantes do grupo islamista.

O comandante Said Attala Ali, sua esposa e duas de suas filhas foram mortos “em um bombardeio sionista contra a sua casa” no campo de refugiados palestinos de Beddawi, perto de Trípoli, no norte do Líbano, afirmou o Hamas em comunicado.

Este é o primeiro ataque nesta região desde o início do conflito entre o movimento palestino e Israel há quase um ano na Faixa de Gaza.

Em outro comunicado, o grupo islamista anunciou a morte de “Mohammad Hussein al Lawis”, em um bombardeio israelense na região de Saadnayel, no leste do país.

Por sua vez, o Exército israelense declarou que “eliminou dois terroristas de alto escalão” do braço armado do Hamas.

Segundo os militares, Mohammed Hussein estava no comando do Hamas na Judeia e Samaria, nome que Israel utiliza para se referir à Cisjordânia ocupada, além de ser “responsável pelo estabelecimento do Hamas no Líbano, a entrega de armas para ataques de foguetes contra Israel e a fabricação de armas sofisticadas”.

Também afirmou que Said Ali “realizou ataques terroristas contra alvos israelenses e trabalhou para recrutar agentes do Hamas no Líbano”.

Desde o início da guerra, Israel tem como alvo os responsáveis do Hamas no Líbano, que já anunciou a morte de cerca de 20 de seus membros.

Na segunda-feira, Fatah Sharif Abu al Amin, chefe do Hamas no Líbano, foi morto com sua família em um bombardeio atribuído a Israel contra sua casa no acampamento de refugiados palestinos de Al Bass, no sul do território.

Segundo estimativas da ONU, cerca de 250.000 refugiados palestinos e seus descendentes ainda vivem no Líbano. Eles buscaram refúgio no país depois de terem sido expulsos, ou fugido, após a criação do Estado de Israel em 1948.

Segundo um antigo acordo, o Exército libanês é mantido fora dos campos palestinos, onde a segurança é garantida por facções palestinas.

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