Hamas acusa Israel de destruir prédio de maior hospital de Gaza

ROMA, 12 NOV (ANSA) – O grupo fundamentalista islâmico Hamas acusou neste domingo (12) o Exército de Israel de destruir um prédio do maior hospital de Gaza, o Al-Shifa.   

“O edifício de dois andares do departamento de doenças cardíacas foi completamente destruído por um ataque aéreo”, declarou o vice-ministro da Saúde do Hamas, Youssef Abou Rich, à imprensa internacional, atribuindo o ataque aos israelenses.   

Uma testemunha presente no hospital confirmou o ataque e os danos provocados pelo bombardeio.   

Mais cedo, as tropas de Israel garantiram a abertura do corredor humanitário até às 16h (hora local) para a população palestina deixar a região e deslocar-se do norte para o sul da Faixa, informou o porta-voz militar Avichai Adraee.   

Ele ainda explicou que haverá um corredor seguro do hospital Al-Shifa até a cidade de Gaza para aqueles que desejam chegar a Salah ad Din e que haverá uma pausa “tática” nas operações militares no campo de refugiados de Jabalya, ao norte da faixa e no bairro vizinho de Izbat Malien.   

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, anunciou que cerca de 200 mil residentes da Cidade de Gaza abandonaram a cidade só nos últimos três dias, sugerindo que o Hamas está a perder o controle sobre a parte norte da Faixa.   

Por sua vez, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) anunciou “um número significativo de mortos e feridos” em um “bombardeio” contra a sua sede na Cidade de Gaza, evacuada pelos seus funcionários e agora ocupada por centenas de palestinos deslocados.   

“A tragédia contínua de civis mortos e feridos presos neste conflito deve acabar”, afirmou o PNUD em comunicado. “Os civis, a infraestrutura civil e a inviolabilidade das instalações da ONU devem ser respeitados e protegidos em todos os momentos”.   

Itália – Em discurso neste domingo, no Congresso Nacional da Federação das Associações Itália-Israel, o vice-premiê Matteo Salvini enfatizou que o governo italiano optou “por estar com a democracia, com a paz, com os direitos, com Israel sem nenhum ‘se’ ou ‘mas'”.   

“Defender os direitos do outro lado do mundo significa defender o direito dos nossos filhos a viverem em paz. Fingir que nada aconteceu porque não está acontecendo em sua casa é a melhor maneira de trazer isso para nossa casa”, afirmou.   

Sobre a postura do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Salvini explicou que “todos podem ter sua própria opinião. Contudo, uma desvantagem é opor-se a uma ação governamental enquanto existe um fio tênue que passa do governo para o estado e para todo o povo”.   

“Uma nova consciência nasce do desastre humano de 7 de outubro: Os italianos não podem fingir que nada aconteceu. Aqueles que defendem Israel defendem a Itália, a vida, os direitos civis”, acrescentou.   

Por fim, ele atacou o governo iraniano: “Quando o Irã apoia e reivindica o direito de cancelar o Estado de Israel, o Irã deve ser isolado da comunidade internacional e civil pela sociedade civil”. (ANSA).