ROMA, 7 ABR (ANSA) – O grupo fundamentalista islâmico Hamas disse nesta segunda-feira (7) que as forças de Israel mataram 490 crianças palestinas na Faixa de Gaza desde o fim do cessar-fogo no enclave, em 18 de março.
“Esse é um dos crimes contra a humanidade mais terríveis dos tempos modernos”, diz um comunicado da milícia. “Nos últimos 20 dias, Israel cometeu um chocante ato de genocídio contra a infância, com 490 crianças martirizadas em uma série de ataques bárbaros”, acrescenta a nota.
Ainda de acordo com o Hamas, pelo menos 1.391 pessoas foram mortas em ataques israelenses em Gaza desde o fim da trégua, enquanto o número de vítimas no enclave desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, passa de 50 mil.
A guerra foi deflagrada após atentados terroristas do Hamas matarem 1,2 mil israelenses e ficou paralisada durante dois meses no início deste ano, entre 19 de janeiro e 18 de março. As negociações para retomar o cessar-fogo, no entanto, seguem travadas, enquanto o grupo islâmico ainda mantém 59 reféns em Gaza.
O conflito estará na pauta da reunião desta segunda entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, cujo governo ameaçou anexar partes do enclave palestino se o Hamas não soltar os reféns remanescentes. (ANSA).