O cineasta Hal Hartley, de 58 anos e 34 de carreira, ficou famoso a no início da década de 1990 com filmes que, apesar de experimentais, arrebatavam o público pela surpresa e a irreverência. A mostra “O Cinema de Hal Hartley“ reúne pela primeira vez no Brasil os 14 longas do diretor, bem como uma compilação de curtas.

[posts-relacionados] Impulsionado por grandes atores jovens e pelos roteiros criativos que desrespeitavam os gêneros, ele alterou a forma de produzir filmes. Hartley faz parte da “geração Sundance”, que fez sucesso com orçamentos enxutos e participação em festivais, sobretudo o Sundance, em Utah, EUA, o celeiro maior do cinema independente. “A nostalgia dos anos 80 me ajudou”, diz Hartley a ISTOÉ. “É um bom negócio na TV. Tenho sido convidado a escrever e dirigir episódios de séries. Andam fazendo filmes ambientados nos 80. Meus filmes dos anos 80 e 90 se tornaram representativos de estilos e atitudes.” Outro aspecto que deu longevidade à arte de Hartley: “Sou chamado para os festivais. Ali, os jovens cineastas europeus me veem como um foco de resistência contra a mainstream do cinema americano”. Caixa Cultural Rio de Janeiro, de 23/1 a 4/2.