Mais de 16.000 pessoas morreram devido à violência no Haiti desde o início de 2022, informou nesta quinta-feira (2) o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, antes de alertar que “o pior ainda pode estar por vir”.
“Metade da população, ou seja, seis milhões de pessoas – entre elas 3,3 milhões de crianças – precisa de ajuda humanitária”, declarou ao Conselho de Direitos Humanos.
O Haiti, país mais pobre das Américas, sofre há muitos anos com a violência de gangues criminosas acusadas de assassinatos, estupros e sequestros.
Em um cenário de instabilidade política crônica, quase 1,3 milhão de pessoas – um número recorde – foram deslocadas dentro do país devido à violência, alertou a ONU em junho.
“Mais de 16.000 pessoas foram assassinadas e quase 7.000 ficaram feridas em atos de violência armada desde 1º de janeiro de 2022, data em que começamos nosso monitoramento da violência relacionada às gangues”, disse Türk.
Somente no primeiro semestre de 2025 foram registrados mais de 3.000 assassinatos, afirmou a ONU.
Türk elogiou a aprovação, na terça-feira pelo Conselho de Segurança da ONU, da transformação da missão multinacional de apoio à polícia haitiana em uma força de combate às gangues mais robusta, com o objetivo de tentar conter a violência que assola o país.
A nova força será acompanhada da criação de um “escritório de apoio da ONU”, proposta apresentada há vários meses pelo secretário-geral António Guterres.
rjm/nl/an/dbh/mab/dbh/fp/aa