Manuela D’Ávila (PCdoB), candidata a vice-presidente da chapa de Fernando Haddad, buscou apresentar o candidato petista como alguém “capaz de lidar com a divergência”, após ter sido questionada sobre qual seria a sua reação em caso de impeachment de Haddad, se assumiria o governo ou renunciaria em solidariedade ao companheiro de chapa.

“Haddad é o homem certo para governar o País, com desenvolvimento com combate à desigualdade. Representamos a retomada do investimento público. Haddad tem tranquilidade e capacidade para lidar com a divergência”, disse a vice em debate entre vices na corrida presidencial organizado por UOL, Folha de S.Paulo e SBT.

“Como enfrentar crises com truculência, com ódio? Tratando mulheres e homens diferentes, negros e brancos diferentes? Não dá”, afirmou, numa clara referência ao candidato Jair Bolsonaro (PSL)

Antes de responder à pergunta sobre um possível impeachment de Haddad, Manuela chegou a se referir ao questionamento como uma piada, mas se corrigiu logo em seguida. “Achei a piada, quer dizer, a pergunta, engraçadíssima”, afirmou a vice de Haddad, que reiterou na sua resposta que não há hipótese de impeachment em um novo governo petista.

Manuela também comentou a última pesquisa Ibope, que foi divulgada na segunda-feira, dia 1º, e mostrou estagnação de Haddad com 21%, enquanto Jair Bolsonaro subiu 4 pontos, para 31%. Segundo ela, “as pesquisas sempre mostram oscilação”.

“O que estamos vendo é que o segundo turno terá muita competição. A primeira disputa se dará entre tomar um rumo democrático ou não, se um projeto de país com desenvolvimento e justiça social, ou um projeto que trata homens e mulheres diferentes, negros e brancos diferentes”, ressaltou.

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A vice de Haddad também reforçou a narrativa petista de que os governos do PT foram os que mais fortaleceram os instrumentos de combate à corrupção e acrescentou que, se o partido voltar ao poder, serão criados mecanismos para também evitar a corrupção. Apesar disso, ela afirmou que a Lava Jato tem abusos. “Não há um brasileiro que não perceba motivação política do juiz Sergio Moro”, declarou.


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