Nelson Almeida

Nas monarquias de antigamente, o bobo da corte era encarregado de entreter os reis e rainhas. Hoje, o bobo da corte precisa satisfazer os desejos de diversão de seus mandatários, que agem como donos dos desígnios do séquito que comandam. Fernando Haddad, ao se submeter ao papel de ser o candidato de Lula, rezando unicamente na sua cartilha, sem vontade e ideias próprias, torna-se o bobo da corte de Lula.

Inicialmente, Haddad precisou se humilhar sustentando uma candidatura a vice-presidente, quando na verdade o pretenso candidato a presidente estava enjaulado na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Todos sabiam que Lula não poderia ser candidato por ter sido condenado em segunda instância por causa do tríplex do Guarujá. E condenado em segunda instância é automaticamente ficha suja e, portanto, inelegível. Mas mesmo assim manteve sua ilegal candidatura de dentro da cadeia, obrigando Haddad, seu pau mandado, a rodar o País como seu vice, quando, na verdade, já se sabia que ele seria o candidato a presidente. Mas ele estava proibido de dizer isso. Agiu como menino do colégio, que não pode revelar um segredinho do amigo.

Haddad teve que se submeter até ao ridículo papel de coadjuvante da palhaçada de Lula ao pedir votos no Nordeste em seu nome. Até chapéu de couro nordestino o professor da USP teve que vestir. Quando precisou substituir seu nome pelo de Haddad, como forma de garantir um nome do PT nas urnas eletrônicas no dia 7 de outubro, Lula guindou o ex-prefeito à condição de marionete. Haddad tem que repetir tudo o que o seu mestre mandar nas andanças pelo País.  Com essa postura, Haddad praticamente dá adeus a uma carreira política com ideias próprias. Passará a ser o novo bobo da corte de Lula, assim como em 2010 era a amalucada Dilma.


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