A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), voltou a dizer que tem divergências com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e que defende que a resolução cujo texto-base já foi aprovado na sexta-feira, 8, na Conferência do PT, mantenha a expressão “austericídio fiscal” e as críticas ao Centrão.

“O ministro Fernando Haddad está fazendo o papel dele como ministro da Fazenda. Ele tem a visão dele e nós temos uma visão um tanto quanto divergente, que foi exposta tranquilamente ali. Eu falei que via que com a economia caindo um pouco seria necessária a presença maior do Estado”, disse a jornalistas em coletiva após o encerramento do painel em que discutiu a política econômica do governo com Haddad.

Questionada sobre alterações no texto da resolução do partido, que tinha ataques ao Centrão e a “austericídio” fiscal, ela disse que emendas serão apresentadas até 16h deste sábado, 9, e que o texto pode ser alterado, porque o que não for consenso será votado. “Não vejo problema em citações na resolução. Eu concordo com o que está na resolução”, disse.

Ela afirmou, no entanto, que o austericídio não era uma crítica ao governo. “Não é uma crítica ao governo. Dizemos que não podemos nos guiar por uma política de austericídio fiscal. Queremos que os investimentos aconteçam, os programas sociais saiam”, disse.

Em relação ao panorama eleitoral para 2024, Gleisi reiterou que a prioridade é eleger vereadores e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia falado que o objetivo do partido é concorrer para prefeituras nas cidades em que tiver nomes fortes ou fazer alianças com outros partidos de centro-esquerda. Ela disse que o partido não trabalha com meta de número de prefeitos para eleger.