Hackers pró-Israel atacam maior bolsa de criptomoedas do Irã

TEL AVIV, 18 JUN (ANSA) – Um grupo de hackers supostamente ligado a Israel e com um histórico de ataques cibernéticos destrutivos contra o Irã anunciou nesta quarta-feira (18) ter lançado uma nova ofensiva contra a maior bolsa de criptomoedas do país persa, a Nobitex.   

Em declaração nas redes sociais, o grupo “The Predatory Sparrow” ameaçou divulgar todas as informações internas do local em 24 horas, acusando a Nobitex de financiar o terrorismo iraniano e, assim, contornar sanções internacionais.   

“Em 24 horas, divulgaremos o código-fonte da Nobitex e informações de sua rede interna”, afirmaram os hackers, acrescentando que “a bolsa está no centro dos esforços do regime para financiar o terrorismo em todo o mundo, além de ser a ferramenta favorita do regime para violar sanções”.   

O novo ataque ocorre após o “The Predatory Sparrow” destruir dados do principal banco da República Islâmica, o Bank Sepah, estatal do Irã.   

Por outro lado, a empresa de segurança cibernética Radware anunciou hoje que, desde 12 de junho, dia em que Israel lançou a operação militar contra o Irã, os ataques cibernéticos direcionados a alvos israelenses aumentaram 700% em comparação com o período anterior. Junto com isso, há também um aumento de notícias falsas e desinformação.   

A Radware atribui a maioria das campanhas maliciosas a agentes pró-iranianos. “O aumento de 700% na atividade maliciosa em apenas alguns dias é resultado de operações cibernéticas retaliatórias por agentes estatais iranianos e grupos de hackers pró-iranianos”, declarou Ron Meyran, vice-presidente de Inteligência de Ameaças Cibernéticas da Radware, ao Jerusalem Post.   

Segundo ele, “as atividades incluem ataques distribuídos de negação de serviço, tentativas de infiltração contra infraestrutura crítica, roubo de dados e campanhas de distribuição de malware”.   

Os especialistas afirmam que as vítimas dos ataques incluem sites governamentais, instituições financeiras, empresas de telecomunicações e infraestrutura crítica. (ANSA).