O subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, disse que a importação de gás natural liquefeito (GNL) aumentou com a crise hídrica e é um dos fatores que pode ter influenciado a alta das importações brasileiras tanto no último mês, como para o ano. A Secretaria revisou a projeção de importações para o ano de US$ 202,2 bilhões, previstos em julho, para US$ 210,1 bilhões.

Com a incerteza do cenário de abastecimento, o combustível, que alimenta as termelétricas do país, poderá continuar pressionando a balança comercial.

“Não temos como precisar o tamanho do impacto da nossa necessidade futura por combustíveis importados. Na medida em que se continue consumindo das termelétricas, essa importação de combustíveis vai continuar”, informou o subsecretário ao divulgar os dados da balança comercial de setembro.

Apenas no mês passado, as importações cresceram 51,9% e chegaram a US$ 19,962 bilhões. Já as exportações cresceram 33,3% e somaram US$ 24,284 bilhões. Isso representou um superávit de US$ 4,322 bilhões.

Vacina

Os dados da balança comercial brasileira em setembro de 2021 também destacam um aumento de 14,9% das importações de bens de consumo com relação ao ano anterior.

De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior o setor de medicamentos foi um dos responsáveis pela demanda. “Destaco as vacinas. Elas são classificadas em bens de consumo e têm crescido bastante aqui”, disse.

Ao todo, U$ 17,665 bilhões em bens de consumo foram importados.