Após ser questionado por parlamentares, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira que tem conversado com os servidores do órgão que seguem em greve, mas lembrou que há limitações no Orçamento.

“Ficamos de endereçar pautas não pecuniárias e estamos avançando nisso. Defendi que se houvesse desalinhamento com outras carreiras e buscaria alinhamento para os servidores do BC. Mas quem tem a caneta e pode decidir isso é o governo. Gostaria de ter alguma autonomia não apenas de atuação, mas também administrativa para ter uma melhor política de remuneração do BC”, afirmou Campos Neto, em audiência pública extraordinária na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.

O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, informou mais cedo que a categoria decidiu em assembleia geral nacional, com mais de 85% dos votos válidos, pela continuidade da greve no Banco Central. Uma reavaliação do movimento ocorrerá somente no dia 7 de junho, segundo a entidade.

Em nota enviada à imprensa, o Sinal diz que a continuidade da paralisação pode afetar os preparativos da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 14 e 15 de junho. “Mas serviços como o Pix serão preservados”, destaca o documento.


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