Com 1,99 metro de altura, é de se estranhar que Luiz Gustavo Borges seja conhecido por Gustavinho. O apelido carinhoso, no entanto, é dado por causa de sua filiação, já que o atleta de 22 anos é filho de ninguém menos do que Gustavo Borges, dono de quatro medalhas olímpicas na natação. Porém, mesmo com a pouca idade, Luiz Gustavo Borges já tem carreira pavimentada no esporte e surge como esperança brasileira para os próximos anos no esporte.

No último fim de semana, o atleta do Minas brilhou no Troféu Brasil, realizado no Maria Lenk, no Rio. Com a marca de 22 segundos, o atleta venceu nos 50 metros livre e carimbou o passaporte para o Mundial de Desportos Aquáticos, que será realizado em junho, em Budapeste, na Hungria.

Este será o primeiro Mundial adulto do jovem atleta, que em agosto do ano passado venceu os 50m livre no Troféu José Finkel, disputado em piscina curta (25m), em Bauru, interior paulista. No currículo, Gustavinho ainda soma uma convocação para o Campeonato Mundial Júnior e uma sólida carreira na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, a mesma que o pai frequentou.

Mesmo experiente com a bagagem vencedora conquistada na base, Luiz Gustavo não escondeu a felicidade ao se classificar para o Mundial, após nadar abaixo do índice definido pela CBDA, de 22s18. “Estou muito feliz por ter alcançado o índice para o Mundial de Budapeste e estar com a seleção brasileira. Só tenho a agradecer à comissão técnica, aos meus companheiros de equipe e à minha família. Obrigado pela torcida de todos. Estou vivendo momento a momento, então, agora que acabou o Troféu Brasil, é conversar com o Sergio (técnico) e planejar a preparação para o Mundial”, afirmou o atleta.

Se dentro de casa o garoto tem a presença do pai, dono de quatro medalhas olímpicas (duas pratas e dois bronzes), no Mundial terá a companhia de Bruno Fratus, medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio, disputados no último ano. A delegação brasileira terá 30 nadadores, sendo 19 homens e 11 mulheres. Gustavo Borges acompanha a carreira do filho. Sabe que ele está em boas mãos, mas que as conquistas só depende dele, do seu esforço e treinamentos diários. Os Jogos de Paris são uma realidade para Gustavinho.