Uma delegação dos militares que tomaram o poder no Níger foi recebida pelas autoridades militares da Guiné, pedindo-lhes “um apoio reforçado para enfrentar os desafios que se avizinham”, informou a televisão pública local.

O chefe de Estado guineense, coronel Mamadi Doumbouya, cujo regime também emana de um golpe de Estado, dado em setembro de 2021, reuniu-se no sábado, em Conacri, capital do país, com a delegação chefiada pelo general Moussa Salao Barmou, acrescentou a mesma fonte.

O general Barmou disse ter ido “agradecer às autoridades guineenses pelo apoio prestado ao CNSP (Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria, que assumiu o poder no Níger) nestes difíceis momentos que o Níger atravessa”.

A visita se deu no momento em que a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) tenta encontrar uma saída diplomática para a crise, apesar de ter ordenado na quinta-feira o envio de uma “força de reserva”, visando a uma possível intervenção para restabelecer a ordem constitucional no Níger.

Em um comunicado no final de julho, a Guiné “manifestou sua discordância com as sanções recomendadas (contra Niamei) pela Cedeao, incluindo a intervenção militar” e “decidiu não aplicar essas sanções que considera ilegítimas e desumanas”.

O líder da junta da Guiné, coronel Doumbouya, que assumiu o cargo de presidente após derrubar Alpha Condé, prometeu devolver o poder aos civis eleitos em um prazo de dois anos, a partir de janeiro de 2023.

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