QUITO, 12 ABR (ANSA) – O ex-banqueiro conservador Guillermo Lasso, de 65 anos, foi eleito neste domingo (11) como novo presidente do Equador.   

O candidato do Movimento Criando Oportunidades recebeu 52,43% dos votos no segundo turno e conseguiu reverter a vantagem do postulante de esquerda, Andrés Arauz, que tinha o ex-presidente Rafael Correa como cabo eleitoral e obteve 47,57% da preferência.   

No primeiro turno, em 7 de fevereiro, Arauz havia terminado na liderança com 32,72% dos votos, contra 19,74% de Lasso, que teve apenas 0,35 ponto de vantagem sobre o terceiro colocado, o indígena Yaku Pérez.   

O presidente eleito, que também é ligado à organização católica ultraconservadora Opus Dei, substituirá Lenín Moreno e tomará posse no dia 24 de maio.   

“Esse é um dia histórico, é um dia no qual todos os equatorianos decidiram seu futuro. Agradeço a vocês pela confiança”, comemorou Lasso, que chega à Presidência em sua terceira tentativa – ele havia perdido para Correa em 2013 e para Moreno em 2017.   

Lasso promete adotar um “caminho muito diferente daquele visto nos últimos 14 anos”, apesar de Moreno já ter representado uma ruptura em relação ao socialismo de seu ex-aliado Correa. No entanto, o atual presidente deixa o cargo sob a marca da impopularidade devido à sua gestão da pandemia de Covid-19.   

“A partir de 24 de maio, assumiremos com responsabilidade o desafio de mudar o destino de nossa pátria e realizar as oportunidades e a prosperidade que almejamos”, declarou o presidente eleito.   

Lasso já foi ministro da Economia entre agosto e setembro de 1999, no governo de Jamil Mahuad, quando uma crise financeira e inflacionária desencadeou pânico bancário e fez o Equador adotar o dólar americano como sua moeda oficial.   

Como presidente, Lasso promete abrir os mercados para investidores estrangeiros, privatizar estatais e reduzir o tamanho do Estado.   

Ele terá inicialmente o apoio de apenas 31 dos 137 membros do Congresso unicameral do Equador – enquanto o correísmo contará com 48 – e precisará negociar com outros partidos para construir uma base sólida. (ANSA).