A morte do ex-ator Guilherme de Pádua, que em 1992 assassinou brutalmente a atriz Daniella Perez, filha da autora de novelas Gloria Perez, segue dando o que falar. Pádua faleceu na noite do último domingo (6), após sofrer infarto fulminante.
A IstoÉ Gente relembra abaixo o suposto encontro de Guilherme de Pádua com o presidente Jair Bolsonaro (PL), o apoio que ele deu ao chefe de Estado, e sobre o assassino ter frequentado a mesma igreja de Bolsonaro.
Bolsonarista declarado
Em 2018, Guilherme assumiu ser bolsonarista. Ele chegou a ir a manifestações em favor de Jair Bolsonaro. Na época, o assassino confesso de Daniella Pere usou as redes sociais para sair em defesa do presidente da Republica.
“Gente, eu tô impressionado. Eu vi pessoas formadas, até com mestrado, sabe, pessoas assim que poderiam ter doutorado, acreditando que o Bolsonaro vai perseguir os negros e os gays como Hitler perseguiu os judeus. É impressionante como os radicais conseguem colocar loucuras na cabeça das pessoas”, afirmou.
“Mas olha, é importante lembrar: quem está decidindo as eleições não são os radicais, nem de direita, nem de esquerda. São os moderados, aqueles que querem um Brasil melhor, que querem um Brasil pacificado. Então, seja quem ganhar… Parece que a chance é maior do Bolsonaro. Ele vai ter que governar para os brasileiros. Ou daqui quatro anos, ou antes disso, o povo escolhe outro”, completou.
Manifestação a favor de Bolsonaro
Em maio de 2020, Guilherme de Pádua foi a uma manifestação pró-Bolsonaro, em Brasília, acompanhado da esposa, a estilista Juliana Lacerda. Em uma das publicações feitas no Instagram, o casal aparece de máscara com estampa da bandeira do Brasil e critica “políticos corruptos”.
“Estamos aqui no Congresso Nacional, agora estamos indo ali pra manifestação, né, em prol do Brasil. É isso mesmo, gente, o Brasil precisa mudar. Esses políticos corruptos, esses esquemas de tetas públicas, que o pessoal só fica explorando o povo brasileiro e o dinheiro, e as melhorias não chegam nas mãos do povo, não chegam na vida do povo. Se Deus quiser o Brasil vai mudar, não é meu amor?”, diz o casal no vídeo.
Em outro trecho do vídeo gravado durante a manifestação, Guilherme crítica a oposição e afirma que eles estão “torcendo até para o vírus”.
“Sabe o que mais me impressiona neste momento político que o Brasil está passando? O que mais me impressiona é que tem pessoas que estão torcendo para tudo dar errado, torcendo para o Brasil se afundar em uma crise, torcendo até para o vírus, para que ele mate mais pessoas ou para que ele cause mais danos ao país em geral”, disse.
Mesma igreja do presidente
Em agosto deste ano, o presidente Jair Bolsonaro marcou presença na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Além do político, Guilherme de Pádua também estava no local. Na ocasião, Bolsonaro subiu no púlpito para discursar, após convite do pastor André Valadão, que não mora no Brasil, mas fez questão de comparecer ao evento para comemorar ao lado do pai e da irmã Ana Paula Valadão.
Almoço com Jair Bolsonaro
Também em agosto, Bolsonaro e a esposa, Michelle Bolsonaro, almoçaram com Guilherme de Pádua e Juliana Lacerda. De acordo com a coluna Em Off, da jornalista Fábia Oliveira, o culto começou às 10h na Igreja Batista da Lagoinha e, após o término, teve início um reunião e um almoço particular apenas para alguns convidados.
Entre esses convidados estavam Guilherme e Juliana. A maquiadora, inclusive, chegou a tirar uma selfie com a primeira-dama.
Pessoas próximas a Guilherme e sua esposa, Juliana, especulam que eles tenham pretensões políticas de futuramente receber cargos públicos e, por conta disso, ambos têm evitado deixar vazar na mídia a aproximação com o presidente e a primeira-dama, para que suas imagens não sejam associadas ao atual candidato à reeleição.
Tal associação causaria danos à família Bolsonaro na corrida eleitoral, principalmente neste momento em que o documentário ‘Pacto Brutal’, que aborda o assassinato de Daniella Perez, está repercutindo e gerando muita revolta no público contra Guilherme de Pádua, que inclusive fez uma de suas poucas aparições públicas em um movimento político pró-Bolsonaro.
Ao se espalhar na mídia a notícia, Jair Bolsonaro negou que tenha se encontrado com Guilherme de Pádua na Igreja da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG). Em entrevista ao Podcast “Cara a Tapa”, de Rica Perrone, Bolsonaro falou sobre o assunto.
“Fui convidado (à Igreja da Lagoinha), nem sabia de Guilherme de Pádua. Cheguei, me deram a palavra, falei pouquíssimos minutos ali. Antes de acabar, voltei para Brasília e minha esposa ficou. Eu não fiquei para almoçar, Michelle ficou”, afirmou.
Relembre o assassinato de Daniella Perez, cometido por Guilherme de Pádua