Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

STF dá oportunidade para governo do RJ ter marca eleitoral em 2026

Tomaz Silva/Agência Brasil
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Um dos pontos da decisão do Supremo Tribunal Federal na ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas, cria todas as condições para que o governo do Rio de Janeiro tenha um projeto de segurança pública na segurança pública capaz de gerar dividendos eleitorais em 2026.

O STF determinou que o Palácio Guanabara elabore um plano de retomada de territórios atualmente dominados pelo tráfico de drogas e pela milícia. A ordem foi a mais bem recebida pelo governo do Rio de Janeiro, que já vinha pensando em um projeto de ocupação para a eleição de 2026.

No início de 2022, ano eleitoral, o governador Cláudio Castro (PL) lançou o programa Cidade Integrada, que custou bilhões de reais aos cofres públicos do Rio de Janeiro. O programa de ocupação territorial tinha como inspiração as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), mas não teve a eficácia esperada.

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O Cidade Integrada começou sua primeira ocupação na favela do Jacarezinho, na Zona Norte. Depois, outras comunidades receberam o projeto, como a Muzema e o Cesarão, na Zona Oeste, dominadas até então pela milícia.

A cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro e Castro admitem que o projeto não funcionou. O Comando Vermelho expandiu seu domínio em áreas que foram ocupadas pelo Estado, como a Muzema e Rio das Pedras.