A Guiana organizará eleições gerais no dia 1º de setembro para definir um novo governo e renovar os membros do seu Parlamento, anunciou no domingo (25) o presidente Irfaan Ali.
O anúncio foi feito durante o hasteamento da bandeira para celebrar o 59º aniversário da independência da Guiana da Grã-Bretanha e coincidiu com a celebração de uma eleição na vizinha Venezuela pelo disputado território de Essequibo, região que Georgetown administra.
Ali também disse que o Parlamento será dissolvido em breve.
O sistema eleitoral da Guiana é de representação proporcional e Ali deve disputar a reeleição pelo Partido Progressista Popular (PPP), que tem 33 das 65 cadeiras no Parlamento.
Outro nome forte para a disputa é o de Aubrey Norton, do Partido Progressista do Povo Cívico (PNCR).
O PPP é apoiado principalmente por descendentes de trabalhadores contratados da Índia e o PNCR é apoiado em grande medida por descendentes de escravizados africanos.
A eleição de Ali em 2020 foi conturbada: a Comissão Eleitoral demorou cinco meses para proclamar o vencedor da votação.
No período sem um resultado oficial, governo e oposição proclamaram vitória.
Guiana possui as maiores reservas de petróleo per capita do planeta. Atualmente, o país produz pouco mais de 600.000 barris de petróleo por dia (bpd), mas espera dobrar a produção até 2030.
Mais da metade da população, no entanto, vive abaixo da linha da pobreza.
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