Vereadora da esquerda mais votada em São Paulo – e a quinta no ranking da capital paulista -, Amanda Paschoal (PSOL) quer dar continuidade ao legado de Erika Hilton, deputada federal também pelo PSOL, e afirma desejar colocar em prática dois projetos prioritários em seu mandato: o combate à fome e às mudanças climáticas.
Amanda recebeu 108.624 votos – mais do que o dobro do número alcançado pela deputada federal em 2020 (50.508 votos). Para ela, o resultado das urnas é um recado de “resistência ao ódio e à narrativa perpetrada pela direita”.
A vereadora eleita é educadora e ativista. Amanda é uma das fundadoras do coletivo de arte TRANSarau e coordenadora do Cursinho Popular Demétrio Campos, da Rede Emancipa.
Assessora parlamentar de Erika na Câmara dos Vereadores, Amanda esteve ao lado da deputada em diversas situações. Agora, foi a vez de Erika acompanhá-la em agendas de campanha, além de demonstrar seu apoio nas redes sociais.
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Ao site IstoÉ, a vereadora eleita afirmou que pretende exercer seu primeiro mandato baseado na defesa dos seus ideais, “tanto para dar continuidade ao legado de Erika Hilton quanto para honrar as pessoas que votaram em mim”.
Na Casa legislativa, Amanda afirma que suas principais atividades serão a defesa dos direitos humanos, a destinação de R$ 500 milhões para o Fundo Municipal de Combate à Fome e a elaboração de um plano emergencial de adaptação às mudanças climáticas, “além de aderir ao Projeto de Lei Cidades Resilientes, de autoria da Hilton, em relação aos eventos climáticos extremos”.
“Acredito que o meu mandato vai ter um pouco de dificuldade no início, mas seguirei no embate e utilizando os mecanismos legais para me defender de ataques transfóbicos. Mas, depois, vamos conseguir montar uma estratégia de atuação”, afirmou.
Madrinha política
Presença constante na campanha da vereadora, Erika Hilton exerceu importante papel na vida política de Amanda Paschoal. “Trabalhei muito com ela nesses últimos quatro anos. Erika é a responsável pela minha formação política, de resistência e luta. É uma pessoa que eu admiro e com quem aprendo muito”, diz.
Além da deputada, a vereadora contou com o apoio do candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL). “Nesse primeiro momento, estamos empenhados em garantir a vitória de Boulos, que pode mudar completamente o cenário e definir a possibilidade de trabalho dentro da Câmara Municipal a partir de janeiro de 2025”, afirma.
Caso Ricardo Nunes (MDB) seja reeleito, ela se compromete a manter o diálogo com o adversário. “Isso faz parte do trabalho de todo parlamentar. É preciso ter esse compromisso e flexibilidade para conversar, por mais que seja oposição. Caso contrário, a política não consegue ser executada. Temos de visar sempre o que for melhor para a cidade de São Paulo”, finalizou.