Após longos anos de espera, o Rock in Rio está de volta. A partir da próxima sexta-feira (2 de setembro), os fãs dominarão a Cidade do Rock. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados especiais já que o local é enorme e pouco coberto.

Quando se fala em estilo para ir à Cidade do Rock, muitas pessoas apostam no glitter e capricham no brilho do rosto. No entanto, vale se atentar para reações adversas que ele pode ocasionar, como explica a dermatologista da Clínica Vanité, em São Paulo, Dra. Fernanda Porphirio.

“O glitter pode ser utilizado no rosto, porém é necessário ficar atento, pois é possível desenvolver alergias e irritações. Caso isso aconteça, a orientação é retirá-lo na hora. Se atente para os sinais, como coceira, prurido e vermelhidão. Para os dias em que irá suar mais e haverá exposição intensa ao sol, o indicado é utilizar maquiagens mais leves”, pontua a dermatologista.

Outra dica valiosa é lançar mão do filtro solar. “O correto é utilizar o protetor antes da maquiagem, pois o FPS dessas costuma ser baixo.”, sinaliza a Dra. Fernanda.

Após os shows, quando chegar em casa, é imprescindível limpar o rosto e retirar toda a maquiagem. E, caso possível, aplicar um hidratante ou outro produto capaz de acalmá-la.

“A melhor maneira de retirar uma make elaborada, principalmente com glitter, é realizando uma dupla limpeza. Utilize o sabonete e um cleansing oil, ou um cleansing oil e uma água micelar, por exemplo, para que os resíduos sejam completamente removidos”, sugere a médica.

Se você está pensando em usar um produto que goste muito, fique atenta ao prazo de validade do mesmo.

“O correto é seguir a data de validade impressa nas embalagens, pois cada produto possui uma especificidade, e não podemos assegurar seu uso fora desse prazo. Apenas respeitando a validade é possível utilizar a maquiagem com segurança e minimizar os riscos de irritações e alergias na pele” orienta a especialista.

Sabe-se que nesse tipo de festival é normal ficar horas caminhando, por isso, para evitar desconforto nos pés e pernas durante o evento, o angiologista Thiago Rocha aconselha uma alimentação leve.

“Conforme a distância percorrida, o tempo em pé, a duração do evento e o calor do local, há perda de líquido suficiente para desidratar as varizes e piorar as dores locais. Beber bastante líquido e consumir frutas e alimentos de fácil digestão é importante. No dia, evite o consumo de alimentos industrializados para que haja menos inflamações na região”, indica o médico especialista em cirurgia vascular.

Já, na hora de escolher o calçado, o conforto deve ser levado em conta.

“O tênis é o mais indicado para ajudar na circulação sanguínea. Sandálias baixas geram dificuldade de bombear o sangue e as com salto podem deixar a panturrilha parada durante muito tempo, isso pode gerar dor e cansaço nas pernas”, afirma o Dr. Rocha.

Problemas como cãibras e dores musculares, principalmente nas pernas e nos pés, são comuns nesse tipo de evento. Vale destacar que 70% da população brasileira possui algum grau de varizes, segundo os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular.

“Todas essas pessoas sentirão cãibras após ficarem muito tempo em pé, além de cansaço, dores musculares e peso nas pernas. Portanto, um exercício fácil e indicado para se fazer entre os intervalos dos shows é dobrar o peito do pé para cima e para baixo 30 vezes, bombeando a circulação. Além de levar uma canga para deitar por até cinco minutos com as pernas para o alto, pois quando o calcanhar fica mais alto que o coração, melhor é o retorno venoso e menor é a inflamação nas pernas, sendo possível ter mais força para curtir o restante do festival”, ensina o angiologista.

Entre os tipos de visitantes, existem aqueles que, ao invés de ficarem andando para ver os mais diversos artistas, preferem estar em pé próximo aos palcos para garantir que vão ver o seu cantor favorito de perto.

“O perigo é ficar limitado a um pequeno por mais de quatro horas, não se hidratar, não ir ao banheiro e ficar na mesma posição. Para quem já tem doença venosa nas pernas, isso poderia inflamar essas veias e passar para estágios mais avançados do problema”, finaliza o especialista.