Grande nome do futebol peruano nos últimos tempos, Paolo Guerrero foi o herói da seleção nacional na última terça-feira e manteve vivo o sonho de recolocar o país na Copa do Mundo depois de 36 anos. Foi ele o responsável pelo gol do empate por 1 a 1 diante da Colômbia, em Lima, que colocou o Peru na repescagem.

O lance do gol, porém, foi bastante inusitado. O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci sinalizou falta em dois lances a favor do Peru. Guerrero foi para a cobrança e arriscou direto. O gol seria anulado, se não fosse a reação do goleiro Ospina de ir para a bola e desviá-la para a própria meta.

“Não havia visto a sinalização do árbitro de que a falta era indireta. Eu só bati a falta para o gol”, explicou o atacante nesta quarta-feira. “A única coisa que passou pela minha cabeça era colocar a bola onde eu queria, não escutei o árbitro. Decidi bater onde estou acostumado e graças a deus tocou no Ospina e foi para o gol.”

Os colombianos chegaram a reclamar do lance, mas o gol foi confirmado e o Peru terminou as Eliminatórias Sul-Americanas na quinta colocação. O resultado deu ao país a chance de disputar a vaga na Copa do ano que vem, na Rússia, com a Nova Zelândia, vencedora das Eliminatórias da Oceania. E apesar deste último obstáculo, Guerrero mostrou confiança na classificação.

“Ainda temos que esperar para comemorar, agora esperamos o próximo adversário e teremos duas partidas decisivas. Assim, para ficar com a vaga, teremos que esperar um pouco. Mas nos preparamos bem e sou bastante otimista. Eu acredito que vamos estar no Mundial”, afirmou Guerrero.

O Peru entra como favorito na disputa, mas a vaga na repescagem só veio graças a uma arrancada na reta final das Eliminatórias. Tido praticamente como eliminada no fim do ano passado, a seleção não perdeu em 2017. Na competição, emendou uma sequência de três vitórias e três empates para subir na tabela.

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Para Guerrero, os méritos desta ascensão são do técnico argentino Ricardo Gareca. “O professor Gareca é muito positivo e isso é o que ele passa para nós, os jogadores. A vibração, a energia que nos passa, é de sermos vencedores. E esta equipe, hoje, é vencedora, não dá nada por perdido e nunca abaixa a guarda.”

 


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