ROMA, 21 JUL (ANSA) – O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) informou nesta segunda-feira (21) que o número de civis deslocados no sul da Síria é de ao menos 93 mil, após o conflito armado entre 13 e 19 de julho na região de Sweida.
O Ocha acrescentou que a crise humanitária no local é “muito grave”, com hospitais e centros de saúde “totalmente fora de serviço”.
“A população enfrenta escassez generalizada de necessidades básicas, como alimentos, água e eletricidade, o que torna a vida cotidiana insustentável”, comunicou o relatório divulgado pelo escritório da ONU, que também destacou problemas quanto aos “relatos de corpos não enterrados, um indicador dramático que levanta sérias preocupações para a saúde pública e o risco de epidemias”.
Nesta manhã, centenas de civis beduínos começaram a ser retirados da cidade de Sweida, de maioria drusa, após o acordo de cessar-fogo entre o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com mediação dos Estados Unidos.
O confronto entre tribos beduínas e drusos, que posteriormente envolveu forças de Israel, matou aos menos 940 civis, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). (ANSA).