04/01/2020 - 12:21
Mais de 380.000 pessoas perderam a vida, incluindo mais de 115.000 civis, em quase nove anos de guerra civil na Síria, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Esta instituição, que possui uma rede de fontes em todo o país, disse que entre as vítimas, existem cerca de 22.000 crianças e mais de 13.000 mulheres.
O conflito eclodiu após protestos contra o regime sem precedentes na cidade de Derá, no sul, em 15 de março de 2011. As manifestações se espalharam por toda a Síria e foram brutalmente reprimidas pelo regime, desencadeando um conflito armado em várias frentes, o que atraiu jihadistas e potências estrangeiras.
O conflito deslocou ou exilou cerca de 13 milhões de sírios, causando bilhões de dólares em destruição.
O último balanço de vítimas do conflito sírio, fornecido em março do ano passado pelo Observatório, apontava mais de 370.000 mortos. Entre eles, 128.000 combatentes sírios e não-sírios a favor do regime. Mais da metade desses soldados eram sírios, enquanto 1.682 pertenciam ao grupo xiita libanês Hezbollah, cujos membros lutam na Síria desde 2013.
A guerra também custou a vida a mais de 69.000 combatentes da oposição, islamitas e curdos. Mais de 67.000 jihadistas também morreram, principalmente do Estado Islâmico e do Hayat Tahrir al Sham (HTS), um grupo dominado pela antiga facção na Síria na Al-Qaeda.
O número total de mortos não inclui as cerca de 88.000 pessoas que morreram como resultado de tortura nas prisões do regime, nem as milhares de pessoas desaparecidas depois de terem sido seqüestradas por todas as partes no conflito.
Com o apoio de poderosos aliados como Rússia e Irã, o presidente sírio Bashar al-Assad conseguiu recuperar o controle de quase dois terços do país nos últimos anos.