Guerra Irã-Israel domina 1º dia de G7 no Canadá

KANANASKIS, 16 JUN (ANSA) – A guerra entre Irã e Israel foi um dos principais assuntos discutidos nesta segunda-feira (16) no primeiro dia da cúpula do G7 em Kananaskis, no Canadá.   

Os dois países trocaram ataques no decorrer do quarto dia de conflito, além disso, a TV estatal iraniana declarou que Teerã lançou novos mísseis balísticos e drones contra as cidades de Tel Aviv e Haifa na noite de hoje.   

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, abordou diversas questões em seu discurso aos participantes. A sua convicção foi que, apesar das crises surgidas nos últimos tempos, as economias do G7 se mostraram resilientes, mesmo que persistam desequilíbrios importantes, como as hostilidades no Oriente Médio.   

“Construindo paz, estabilidade e crescimento. Por um Ocidente mais forte. Juntos”, escreveu a chefe de governo italiana em suas redes sociais, após ter se reunido brevemente com Emmanuel Macron e Donald Trump, presidentes da França e dos Estados Unidos, respectivamente.   

Anfitrião do evento, o premiê canadense, Mark Carney, avaliou que os dois dias de encontros do G7 serão marcados por uma “discussão aberta e franca” entre os líderes das nações.   

“Talvez não concordemos em muitas coisas, mas colaboraremos e tentaremos fazer a diferença para os cidadãos e para o mundo.   

Estamos em um ponto de virada histórico, o mundo está cada vez mais perigoso e dividido, mas temos a oportunidade de moldar o mundo de amanhã: um mais próspero, justo e livre. Não há segurança sem prosperidade econômica e não há prosperidade sem resiliência”, disse o político.   

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, avaliou que vê consenso entre todos os participantes do grupo para a “desescalada” das hostilidades no Oriente Médio, enquanto Meloni estaria trabalhando para propor uma iniciativa conjunta para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.   

De acordo com fontes familiarizadas com a cúpula em Kananaskis, citadas pela agência Reuters, os líderes do G7 têm um rascunho de declaração conjunta que pede a desescalada do conflito entre Israel e Irã, mas Trump ainda não o assinou.   

O documento possui um compromisso de proteger a estabilidade dos mercados, incluindo os de energia, e afirma que Israel tem o direito de se defender.   

No fim de uma reunião bilateral com Starmer, o mandatário americano declarou que garantirá que o Irã não tenha armas nucleares. (ANSA).