O ministro da Economia, Paulo Guedes, evitou dizer se o limite de R$ 44 bilhões para o pagamento da nova rodada do auxílio emergencial a vulneráveis em 2021 pode ser ampliado. “Isso quem vai discutir são eles lá (Congresso)”, afirmou Guedes, após reunião com o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial na Câmara, deputado Daniel Freitas (PSL-SC).

Os dois conversaram brevemente com a imprensa na porta do Ministério da Economia logo após a reunião. Guedes fez o comentário sobre os R$ 44 bilhões após Freitas sinalizar que pode manter inalterado o texto da PEC como veio do Senado.

O limite foi inserido para evitar um “cheque em branco” na concessão do novo auxílio. O temor da equipe econômica era o de que os parlamentares alterassem no Congresso a Medida Provisória que detalhará as condições da nova rodada, elevando os valores pagos aos beneficiários e, consequentemente, o custo do programa.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o governo prevê quatro parcelas de R$ 250 para a maior parte dos beneficiários. Famílias com uma única pessoa receberão menos (R$ 150), e mulheres que são as únicas provedoras da família, mais (R$ 375).

“O que eu posso dizer é o seguinte: todo o espírito desse programa é o de compromisso com a saúde e com a responsabilidade fiscal”, disse Guedes.

O ministro ressaltou ainda que o programa Bolsa Família visa à distribuição de renda e tem caráter estrutural. “Não tem a ver com a pandemia”, disse, ressaltando que para essa situação o auxílio emergencial será relançado.

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Por outro lado, Guedes disse que o “aprendizado” do ano passado, com redução drástica da pobreza devido às transferências de renda turbinadas, mostrou que é preciso ampliar o Bolsa Família, por meio do lançamento do Renda Brasil.

“O compromisso com a agenda liberal continua”, disse o ministro, citando que a criação de um programa de renda básica estava no programa eleitoral do presidente Jair Bolsonaro. “As lições estão muito presentes e vamos fazer uma de cada vez: vacinação, auxílio, fiscal”, disse.


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