O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 4, que não garante que haverá reajuste real do salário mínimo para 2020. Segundo ele, ainda não há decisão sobre a nova fórmula de correção do piso salarial.

“Se houver um ambiente de crescimento, vamos compartilhar isso no salário mínimo. Mas hoje, falando sinceramente, só garanto a preservação do valor do salário mínimo (ante inflação). Com esse crescimento anêmico de 0,5%, também não fará muita diferença”, afirmou, na Comissão de Finanças de Tributação (CFT) da Câmara.

Em resposta às perguntas dos parlamentares, Guedes voltou a defender o teto de gastos. “A ausência do teto levou gasto público a 45% do PIB. É a existência do teto que nos leva a cortar o que não é importante. Chegamos no limite”, respondeu.

Concursos

Guedes disse que o governo vai desacelerar concursos para desinchar a máquina pública. Segundo Guedes, nos próximos cinco anos, 40% dos servidores se aposentarão e, ao reduzir as contratações, o número de servidores vai cair, sem necessidade de demissões. “A União tem que dar um tempo agora em contratações, já tem muita gente”, afirmou.

No dia 22 de maio, Guedes já havia sinalizado a paralisação nas contratações de novos servidores. Durante palestra em Brasília, ele chegou a chamar parte do funcionalismo de “superburocratas”. “Vamos travar os concursos. Vamos ter uma classe burocrática com mais qualidade e menos gente”, completou.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), passou rapidamente na comissão para cumprimentar Guedes e os deputados.


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