“O modelo baseado em gastos públicos já nos levou duas vezes à hiperinflação. Não podemos por covardia e politicagem continuar gastando além da nossa capacidade financeira”, disse ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quinta-feira, 12. A declaração ocorre dois dias depois de o ministro falar que Brasil pode “ir para uma hiperinflação muito rápido” se não rolar a dívida satisfatoriamente.

Guedes voltou a pedir durante evento virtual organizado nesta quinta-feira pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras ) a aprovação do chamado pacto federativo, enviado há mais de um ano ao Congresso Nacional.

O ministro ressaltou que é preciso transformar a “onda de consumo” criada pelas medidas de estímulo para fazer frente à pandemia do coronavírus em investimento.

Ele voltou a dizer que vai “derrubar” a relação dívida/PIB em 2021 e lembrou que o país ficará um ano pagando os gastos trazidos pela pandemia do coronavírus.

Previdência

O ministro da Economia disse ainda que a economia com reforma da Previdência pode ser maior do que a inicialmente prevista e chegar a R$ 500 bilhões nos próximos anos.

No evento da Abras, Guedes defendeu a redução do tamanho do Estado e disse que, de cada 100 servidores aposentados, o governo está contratando apenas 26 novos funcionários públicos, o que foi ajudado com a digitalização de serviços.