O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi curto e grosso ao ser indagado pela CPI da Pandemia se ele e sua equipe apostaram na chamada “imunidade de rebanho” como forma de controlar o Covid-19.

E fez o possível, na resposta, para se livrar de eventual indiciamento no relatório final, apesar de algumas declarações polêmicas.

No ofício (SEI Nº 440/2021/ME) encaminhado à comissão, Guedes diz não “ter formação acadêmica na área de saúde que permita ter opinião pessoal quanto a qualquer tema relacionado à imunidade contra infecções”.

Em abril, durante reunião do Conselho de Saúde Suplementar, Guedes criticou a Coronavac (“menos eficiente do que a desenvolvida por laboratórios dos Estados Unidos”). Por essas e por outras, senadores passaram a defender o pedido de indiciamento de Guedes no relatório final da CPI.

O fio da investigação da CPI é a declaração de Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica. Ele afirmou que o País caminhava para a “imunidade de rebanho”.

Segundo ele, era “baixíssima a probabilidade de segunda onda”. Guedes também diz que não se manifestou “de modo a dificultar a adoção de qualquer imunizante no Brasil”.