Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira que fará parte de eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro, caso ele seja reeleito, se a aliança política de centro-direita mantiver força.

“Se essa coalizão (de centro-direita), que é o caminho da prosperidade, seguir, é natural que eu apoie, ajude e esteja lá”, disse, ao avaliar que esse grupo político vem se fortalecendo e ampliando viés reformista.

Em evento promovido por Arko Advice e Traders Club, Guedes ainda voltou a defender um corte de encargos trabalhistas para dinamizar a economia, apoiando também a privatização da Petrobras.

“Hoje falta petróleo, não é? Quem sabe se privatizar a Petrobras vai ter petróleo, todo mundo vai entrar (nesse mercado)”, afirmou.

MINIRREFORMA DO IR NESTE ANO

Na apresentação, Guedes disse ser possível aprovar ainda neste ano uma minirreforma do Imposto de Renda, justificando que um grupo político tem interesse em cortar impostos de empresas e outro grupo importante quer um programa de Refis (refinanciamento de dívidas tributárias).

De acordo com o ministro, a proposta de menor porte poderia incluir uma taxação de 10% sobre a distribuição de lucros e dividendos. O texto aprovado pela Câmara no ano passado, e que travou no Senado, prevê uma alíquota de 15% –o governo havia proposto 20% inicialmente.

A proposta teria ainda, segundo ele, um Refis e um corte de tributos sobre empresas em menor proporção do que o planejado pelo governo anteriormente, dos atuais 34% para cerca de 28%. O texto aprovado pela Câmara e que travou no Senado levaria a tributação para 26%.

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