O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse não esperar “nenhum barulho” do mercado com a abertura de crédito extraordinário para a prorrogação do auxílio emergencial. Em evento do Bradesco BBI, Guedes afirmou que o custo de mais dois meses de auxílio emergencial é de R$ 18 bilhões, mas R$ 7 bilhões já estão previstos.

“Precisaremos de R$ 11 bilhões em crédito extraordinário para prorrogação de auxilio emergencial. Se pusermos mais R$ 12, R$ 13 bilhões com o novo auxilio emergencial, não espero barulho do mercado. Mesmo estando em uma pandemia, estamos preocupados com o déficit”, comentou o ministro.

Ele ressaltou que a arrecadação veio R$ 100 bilhões acima do previsto neste ano, o que melhorou as previsões para o rombo nas contas públicas.

Lembrou também que a perspectiva era de um déficit público de 3,5%, que passou para 2,7%. “Se for para 2,9% com nova rodada de auxílio sem problemas”, acrescentou.

Mundo político

O ministro da Economia disse ainda que o mundo político tem “horizontes de quatro anos” por causa das eleições e por isso não se preocupa em reduzir o déficit público. No evento do Bradesco BBI, Guedes afirmou que é para estimular o setor político que ele quer que os recursos das privatizações sejam colocados em fundo para redução da pobreza.

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“Políticos precisam de resultados de curto prazo. Queremos privatizar companhias para nos livrar das perdas e dar o dinheiro para os pobres”, comentou o ministro.

Guedes disse ainda que o governo recebe R$ 30 bilhões em dividendos de boas companhias e gasta com as estatais dependentes do orçamento do Tesouro Nacional. “Destruímos o valor de uma Petrobras a cada sete anos com as perdas das estatais dependentes”, acrescentou.


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