O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que pretende substituir as contribuições patronais sobre a folha de pagamentos por uma espécie de imposto digital, o qual será inserido com base no modelo da antiga CPMF.

Guedes disse ainda que o governo vai enviar nas próximas semanas as propostas para a Reforma Tributária.

“Queremos trocar o imposto cruel pelo feioso”, disse Guedes.

Após a saída de Salim Mattar e Paulo Uebel do governo, alguns auxiliares próximos de Guedes reclamaram de apoio político para o debate e envio ao Congresso de medidas da equipe econômica do ministro.

Como fica a proposta da Reforma?

Entregue no último dia 21 de julho, a primeira parte da Reforma Tributária sugere a unificação do PIS e a Cofins, além da criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS).

A proposta de unificação simplifica o pagamento pelo contribuinte, mas não reduz impostos. Outro ponto da Reforma é a simplificação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a qual está inserida na segunda parte do projeto. A terceira parte prevê ainda a alteração do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (IRPJ), além da tributação sobre dividendos. Por último, outra plano que merece destaque é a criação da “nova CPMF”, a qual pretende encerrar a contribuição patronal de 20% sobre a folha de salários.