O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou há pouco no Senado Federal para a entrega do relatório da reforma tributária ampla (PEC 110) pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA).

Na chegada, Guedes foi questionado por jornalistas sobre a abertura de um procedimento de investigação pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para apuração preliminar sobre a atividade de offshores em nome do ministro e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mas não respondeu às perguntas. Tecnicamente, o procedimento feito pela PGR é uma “notícia de fato”, uma espécie de “pré-inquérito”, que pode levar à abertura de uma investigação propriamente dita – ou ser arquivada.

Ambos dizem ter declarado a existência das firmas em seus nomes à Receita Federal, conforme os termos da legislação brasileira. Mas especialistas acreditam que a existência das empresas em nome de Guedes e Campos Neto pode ferir o Código de Conduta da Alta Administração Federal e a Lei de Conflito de Interesses.