Autoridades da Guatemala desmantelaram, nesta terça-feira (1º), uma rede de tráfico de migrantes integrada por policiais, anunciou na rede social X o ministro do Interior, Francisco Jiménez.

Segundo o ministro, 36 pessoas foram presas, entre elas 23 policiais da ativa e dois que estavam aposentados.

“Hoje pela manhã, foi desmantelada uma estrutura criminosa dedicada ao tráfico de pessoas”, disse Jiménez no X.

Os traficantes “usavam policiais, corrompendo-os, para garantirem o trajeto das pessoas que traficavam pelas rotas do país”, acrescentou.

A embaixada dos Estados Unidos na Guatemala assinalou no X que a operação para desmantelar a rede foi realizada “sob a liderança” do Ministério guatemalteco do Interior e da agência de Investigações de Segurança Nacional (HSI).

A missão diplomática acrescentou que a estrutura “explodiu” para “quase 10.000 migrantes” e ressaltou “a coordenação e o intercâmbio de informação bilateral” para efetuar as prisões.

A América Central serve de corredor para milhares de migrantes de diferentes partes do mundo que tentam chegar aos Estados Unidos. Além disso, milhares de centro-americanos deixam seus países fugindo da pobreza, do desemprego, dos salários baixos e da violência.

Jiménez explicou que a operação se enquadra na “estratégia” do presidente Bernardo Arévalo “de não criminalizar o migrante, e sim perseguir e desmantelar a estrutura de tráfico de pessoas”.

“O resultado desse desmantelamento deveu-se a uma colaboração interna da própria Polícia Nacional Civil”, ressaltou o ministro.

Durante a operação, que incluiu 34 batidas em povoados do leste, oeste, sul e na capital do país (centro), também foram apreendidos “quatro veículos, uma arma de fogo e dinheiro vivo”, disse o promotor Marvin Orellana, detalhando que a rede mobilizou migrantes de Rússia, China, Equador, Venezuela, Cuba, Haiti e Vietnã, entre cidadãos de outras nacionalidades.

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