O técnico do Manchester City, Pep Guardiola, mostrou sua admiração pelo futebol brasileiro, nesta quinta-feira (21), véspera da final do Mundial de Clubes contra o Fluminense no estádio King Abdullah Sports City, em Jidá, na Arábia Saudita.

“Adoro a forma como eles trocam passes, o respeito pela bola, adoro. Sei perfeitamente como é o time que vamos enfrentar, um respeito enorme pela essência do Brasil”, disse Guardiola na coletiva de imprensa antes do jogo.

“Quando eu era criança ouvia do meu pai os triunfos do Brasil com as diferentes gerações, muitos passes, lentos e rápidos, como eles administram os dois ritmos, já vejo isso há muitos anos”, acrescentou Guardiola, que tem a oportunidade de erguer o troféu de seu quarto Mundial de Clubes, depois dos dois conquistados com o Barcelona, e outro com o Bayern de Munique, experiência que não o deixa menos nervoso.

“A emoção está aí, é como você administra, quanto tempo fica na cabeça, esse é o grande desafio da final (…) Tenho consciência de que competir contra equipes sul-americanas é muito difícil”.

Na sexta-feira, o Manchester City buscará encerrar um 2023 histórico em que já conquistou quatro títulos: Liga dos Campeões, Premier League, Supercopa da Europa e Copa da Inglaterra. “Seria o desfecho do que fizemos na temporada passada (…) Seria uma das maiores conquistas”.

– ‘Impor jogo posicional’ –

Mas para isso, os ‘Citizens’ enfrentam o último obstáculo que o Fluminense representa, do qual o treinador catalão destacou “a experiência de Felipe (Melo), de Marcelo, do goleiro (Fábio), controlam perfeitamente as emoções e têm talento”.

“Cano é um atacante que sempre tem o gol na cabeça. Eles jogam com o típico estilo brasileiro dos anos 70, 80 e início dos anos 90, como quando o Brasil conquistou a Copa do Mundo de 1994”.

“A forma como eles jogam exige muito esforço, aceitar que joguemos contra uma equipe com um estilo que nunca enfrentamos, não é posicional, eles se movimentam muito, então temos que impor nosso ritmo e nosso jogo posicional em tudo que for possível”, analisou.

Com a coletiva de imprensa ocorrendo poucas horas depois do anúncio da Justiça da União Europeia (TJUE) de que a proibição da Superliga é contrária às normas europeias, Guardiola optou por permanecer prudente: “Não vou comentar isso horas antes de disputar a final do Mundial de Clubes. Há tempo para refletir e os advogados e os clubes decidirão o que fazer”.

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