A revolta dos elencos por causa do aumento de partidas no calendário do futebol mundial parece também ganhar respaldo dos treinadores. Nesta sexta-feira, em coletiva para falar do duelo do Manchester City com o Arsenal, pelo Campeonato Inglês, Pep Guardiola foi questionado e deu razão a Rodri e Alisson, que durante a semana criticaram o excesso de jogos. O espanhol, contudo, disse que apenas os jogadores conseguiriam obrigar mudanças.
A possibilidade de o City realizar até 80 partidas na temporada deixou os comandados de Guardiola preocupados. Rodri chegou a dizer que não há como manter o físico realizando entre 60 e 70 partidas. O brasileiro Alisson, do Liverpool, também reclamou do excesso de competições.
“Muitas, muitas vozes estão falando sobre o assunto. Para algo mudar, tem de partir dos jogadores, os únicos capazes de mudar alguma coisa”, frisou Guardiola, explicando que sem jogadores, não há futebol.
“O negócio pode ficar sem executivo, sem treinadores, sem diretores esportivos, sem mídia, sem donos, mas, sem os jogadores, não pode ser jogado. Eles, sozinhos, têm o poder para fazer isso (iniciar uma greve por redução no calendário)”, explicou o técnico, vendo o movimento ganhar continentes.
“Não é só o Rodri, são muitos, muitos jogadores, e não só neste país, mas, no mundo todo. As pessoas estão começando a falar, então veremos (o que vai acontecer)”, completou Guardiola. A avaliação é que um rendimento em alto nível não pode superar as 50 partidas por ano.
Depois de sair machucado no intervalo da estreia na Liga dos Campeões, no empate sem gols com a Inter de Milão, na quarta-feira, o meia Kevin De Bruyne é problema para enfrentar o Arsenal. Guardiola, porém, não descarta seu principal armador. “Ele se sentiu um pouco melhor hoje e vamos aguardar o treino deste sábado para decidir (sobre a escalação). Ele pode ser relacionado.”