O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, chegou nesta quarta-feira, 23, à sede da Pasta sem falar com a imprensa. Ele esteve reunido no Palácio do Planalto com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que seguiu para se reunir com representantes dos caminhoneiros. A categoria entrou nesta quarta no terceiro dia de paralisação contra os aumentos nos preços dos combustíveis.

Após o encontro com Padilha, Guardia esteve rapidamente no Ministério de Minas e Energia. A agenda do ministro Moreira Franco previa uma reunião com Guardia e o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, cujo assunto seria Eletrobras.

A Medida Provisória 814, que destravava o leilão das distribuidoras da Eletrobras no Norte e Nordeste, deve caducar em 1º de junho e o governo já não considera mais no orçamento deste ano os R$ 12,2 bilhões previstos originalmente com a descotização das usinas da Eletrobras que seria possível após a privatização do grupo.

Ao chegar à Fazenda, Guardia não respondeu a questionamentos da imprensa sobre as declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que o decreto com a eliminação da Cide sobre o diesel poderia seria editado pelo governo ainda nesta quarta, sem esperar a aprovação pelo Legislativo da reoneração da folha de pagamentos.

Guardia também não respondeu sobre a intenção de Maia de colocar no projeto a redução do PIS/Cofins para o diesel, que não constava do acordo anunciado pelo governo ontem. “Não dá para falar”, limitou-se a responder Guardia ao entrar no ministério.