O presidente do Guarani, Ricardo Moisés, e o superintendente Rodrigo Pastana deram entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (22) para esclarecer alguns assuntos. Um dos pontos discutidos foi a contratação do novo treinador, que, segundo o responsável pelo futebol do time campineiro, não será contratado até a segunda quinzena do mês de março, ou seja, após as eleições que acontecem no Guarani no dia 12 de março.

No começo da entrevista, Rodrigo Pastana agradeceu ao técnico Mozart Santos pelos serviços prestados e fez questão de dizer que nenhum treinador foi contatado nos últimos dias. Vários nomes foram levantados ao longo da semana, como o de Paulo Baier, que foi demitido do Botafogo-SP nesta terça-feira.

“Desde o confronto de sábado, já havíamos decidido que respeitaríamos o processo eleitoral, afinal a instituição é maior do que todos nós, e por isso optamos pela permanência do Moisés Moura e do Ben Hur no comando do time nessas duas partidas. Toda a informação dada sobre a procura de outros treinadores não é verdadeira”, afirmou o responsável pelo Departamento de Futebol.

Ainda segundo Rodrigo Pastana, o Guarani vai em busca de um treinador que tenha experiência no Campeonato Brasileiro da Série B e foi enfático ao dizer que o elenco não vai sofrer alterações drásticas após o dia 10 de março, período no qual será possível realizar quatro trocas ao fim da primeira fase do Paulistão.

“O perfil que nós desejamos é que o profissional tenha experiência na Série B e que tenha conhecimento dos nossos atletas. Este elenco não foi montado somente pela última comissão técnica, por isso não esperem que vamos trocar 50 ou 60% deste grupo, nós acreditamos neste elenco e optamos pela troca da comissão técnica”, detalhou o dirigente.

Um dos pontos colocados em pauta na entrevista coletiva foi em relação ao número de treinadores que já passaram pelo time campineira na gestão do atual presidente. Durante o período do mandato, nove profissionais comandaram o time, entre eles Tiago Carpini, Felipe Conceição, Daniel Paulista e mais recentemente o técnico Mozart Santos, que tiveram trabalhos longevos a frente do comando técnico do Guarani.

Sobre o tema, o presidente disse que o Conselho de Administração e a diretoria do clube vão sempre optar pela permanência do comando técnico e que toda e qualquer decisão tomada é feita com base em muita análise e discussões.

“O Conselho de Administração sempre prega pela continuidade do trabalho. O Carpini teve um longo período aqui, com o Felipe tivemos uma boa sequência antes de ele ir para o Cruzeiro. O Daniel Paulista fez um trabalho longo no Guarani e agora com o Mozart. Nossa filosofia é sempre buscar a continuidade para que o time construa uma identidade e isso vem com o tempo”, avaliou o presidente.

Ricardo Moisés ainda negou que a multa rescisória do técnico Mozart Santos tenha adiado a demissão do treinador e garantiu que a decisão foi tomada com base nos resultados dentro de campo.