SÃO PAULO, 30 ABR (ANSA) – O autoproclamado presidente da Venezuela, o deputado opositor Juan Guaidó, publicou hoje (30) um vídeo nas redes sociais no qual anuncia que as Forças Armadas estão ao seu lado para derrubar o governo de Nicolás Maduro.   

Nas imagens, Guaidó diz que “soldados valentes” atenderam ao chamado e “tomaram a decisão correta”. Ele também fez um apelo para que civis venezuelanos saiam às ruas contra Maduro para instalar um novo governo. “Povo da Venezuela, começou o fim da usurpação. Neste momento, me encontro com as principais unidades militares das nossas Forças Armadas dando início à fase final da ‘Operação Liberdade'”, anunciou Guaidó. “As Foças Armadas tomaram a decisão correta, contam com o apoio do povo da Venezuela, com o aval da nossa Constituição, com a garantia de estar ao lado correto da história”, ressaltou o opositor em publicações na sua conta no Twitter. “Nossas Forças Armadas, hoje, valentes soldados e compatriotas, homens valentes apegado à nossa Constituição, acudiram ao nosso chamado”, disse. “Convido vocês a saírem às ruas da Venezuela. A [mobilização] de 1 de maio começou hoje”, ressaltou Guaidó, pedindo uma “luta não violenta”.   

O apelo de Guaidó coincide com a libertação de outro líder da oposição, Leopoldo López, em Caracas, onde cumpria pena de prisão domiciliar. Os dois se reuniram em uma base militar próxima à capital e manifestantes começaram a se dirigir ao local. Há relatos de confrontos com uso de gás lacrimogêneo. Ainda não se sabe quantos militares nem quais alas das Forças Armadas da Venezuela estariam apoiando a oposição. O governo Maduro reagiu às declarações de hoje de Guaidó definindo-as como uma “tentativa de golpe”. “Informamos o povo da Venezuela que, neste momento, estamos enfrentando e neutralizando um reduzido grupo de militares traidores que ocuparam o Distribuidor Altamira (principal acesso a Caracas) para promover um golpe de Estado contra a Constituição e a paz da República”, afirmou, via Twitter, o ministro da Comunicação da Venezuela, Jorge Rodriguez. Guaidó se autodeclarou presidente interino da Venezuela em janeiro, durante uma série de manifestações populares contra Maduro, e recebeu o apoio de dezenas de países, como Estados Unidos, União Europeia e Brasil.   

No entanto, Maduro continuou no pode graças ao respaldo das Forças Armadas e de nações como a Rússia e a China.   

(ANSA)

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