Grupos de direitos humanos apoiam Glenn Greenwald após ataques

Grupos de direitos humanos apoiam Glenn Greenwald após ataques

Dezenas de grupos de direitos humanos manifestaram seu apoio no Brasil ao jornalista americano Glenn Greenwald nesta quarta-feira (31) , depois de que o presidente Jair Bolsonaro o qualificou de “militante” e sugeriu que ele poderia ser preso.

Greenwald, que vive no Rio de Janeiro, é o cofundador do site The Intercept Brasil, que desde o início de junho vem publicando reportagens centradas em conversas privadas que põem em dúvida a imparcialidade do ex-juiz e atual ministro Sergio Moro ao julgar o caso que levou à prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O jornalista disse à AFP no mês passado que desde o início dos vazamentos recebeu ameaças “grotescas” contra ele, seu marido, David Miranda, e seus filhos adotivos.

Um comunicado assinado por 26 grupos de direitos humanos e de liberdade de imprensa rejeitou, nesta quarta, a “onda de ataques e ameaças” contra Greenwald e outros membros do The Intercept Brasil.

“A liberdade de imprensa e de informação são os pilares da democracia, elas transcendem diferenças políticas e devem ser a garantidas e protegidas a todo custo”, afirmaram Repórteres sem Fronteiras, Human Rights Watch e PEN International, entre outros.

Milhares de jornalistas, artistas e ativistas se reuniram no Rio de Janeiro na terça-feira em um ato de apoio a Greenwald, horas depois de Bolsonaro chamá-lo de “militante”.

No sábado, o presidente questionou o trabalho do jornalista e disse que ele poderia ser preso no Brasil.