Apenas os grupos Alimentação e Bebidas e Habitação responderam por 69% da alta de 0,78% registrada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de janeiro, divulgado nesta terça-feira, 26, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior alta do IPCA-15 para meses de janeiro desde 2016, quando o índice avançou 0,92%.

O grupo Alimentação e Bebidas avançou 1,53%, com impacto de alta de 0,32 ponto porcentual (0,32 p.p.), mas passou por uma mudança de composição, com aceleração nos preços dos alimentos consumidos em casa e desaceleração nos custos da alimentação fora.

O subgrupo “alimentação no domicílio” desacelerou para uma alta de 1,73% em janeiro, ante alta de 2,57% no IPCA-15 de dezembro de 2020. O destaque foi o recuo médio de 4,14% nos preços do tomate.

Além disso, “as carnes (1,18%), o arroz (2,00%) e a batata-inglesa (12,34%) apresentaram altas menos intensas na comparação com o mês anterior (quando variaram 5,53%, 4,96% e 17,96%, respectivamente)”, diz a nota divulgada há pouco pelo IBGE. As frutas subiram 5,68%, ante alta de 3,62% em dezembro, e contribuíram com o maior impacto (0,06 p.p.) entre os itens pesquisados no subgrupo.

O subgrupo “alimentação fora de casa” acelerou para 1,02% no IPCA-15 de janeiro, ante uma alta de 0,58% em dezembro. “Enquanto a refeição (0,81%) apresentou variação próxima à do mês anterior (0,86%), o lanche passou de um recuo de 0,11% para alta de 1,45%, contribuindo decisivamente para o resultado observado em janeiro”, diz a nota do IBGE.

Já o grupo Habitação subiu 1,44% no IPCA-15 de janeiro, com impacto positivo de 0,22 p.p. A alta foi muito próxima do 1,50% registrado no IPCA-15 de dezembro.

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A energia elétrica, com alta de 3,14%, foi o item de maior impacto individual (0,14 p.p.) no IPCA-15 de janeiro, embora a variação tenha sido menor que a do mês anterior (4,08%). “Após a vigência da bandeira vermelha patamar 2 em dezembro, passou a vigorar em janeiro a bandeira tarifária amarela, em que há acréscimo de R$ 1,34 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos”, ressalta a nota do IBGE.

O segundo maior impacto no grupo Habitação, com 0,03 p.p., veio do gás de botijão, com alta de 2,42%. O preço médio do gás de botijão registrou alta pelo oitavo mês seguido.


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