O maior impacto de alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho veio do grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com avanço de 0,64%, acrescentando 0,08 ponto porcentual (p.p.) no indicador, que subiu 0,01% na leitura do mês passado, como informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Fernando Gonçalves, gerente de Sistema Nacional de Índices de Preços (SNIPC) do IBGE, as altas de 2,19% nos perfumes (1,50% no subgrupo higiene pessoal) e de 0,80% no plano de saúde explicam a pressão do grupo. Sem esse ajuste, o IPCA de junho teria deflação de 0,08%, nas contas do IBGE. O câmbio e as promoções de perfumes no Dia das Mães, em maio, podem explicar a inflação desse item.

Também no campo positivo, o grupo Habitação avançou 0,07% no IPCA de junho. Nesse grupo, a conta de luz teve queda de 1,11% (impacto negativo de 0,04 p.p. no IPCA de junho), mas a tarifa de gás encanado teve uma alta média de 7,33% em junho, devido ao reajuste de até 27% nas contas em São Paulo.

Embora essas altas ajudem a explicar o IPCA no terreno positivo (alta de 0,01%), acima da mediana das projeções captada pelo Projeções Broadcast (-0,03%), Gonçalves, do IBGE, destacou que a leitura do mês passado foi a sexta menor para meses de junho desde 1995.


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