FLORENÇA, 12 NOV (ANSA) – A polícia da Itália desmantelou nesta terça-feira (12) um grupo neofascista que planejava explodir uma mesquita na região da Toscana.   

A operação realizou ações de busca e apreensão contra 12 indivíduos residentes na província de Siena, dos quais dois foram presos: Andrea Chesi, bancário de 60 anos do Monte dei Paschi di Siena (MPS), e seu filho, Yuri, 22.   

Ambos foram detidos em flagrante com TNT, pólvora e fragmentos de bombas da Segunda Guerra Mundial. Eles são investigados por posse ilegal de armas ou explosivos, com o agravante de “finalidade terrorista”.   

Segundo a polícia, o grupo planejava explodir a mesquita de Colle Val d’Elsa, cidade de 20 mil habitantes situada nos arredores de Siena, mas temia ser descoberto. Chesi, o suposto líder, se deixava fotografar com um uniforme da organização paramilitar nazista SS ou fingindo disparar contra cartazes da Associação Nacional dos Partisans Italianos (Anpi).   

Os investigados se definem como “além de CasaPound e Força Nova”, os dois principais movimentos neofascistas da Itália.   

Sami Elshami, responsável pela mesquita de Colle Val d’Elsa, disse estar “preocupado”.   

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“Enquanto houver essas ideias contra muçulmanos e imigrantes, persistirão os perigos que nos rodeiam”, declarou. A Itália tem convivido com inúmeros casos de racismo contra jogadores de futebol negros e com um crescente antissemitismo.   

A senadora vitalícia Liliana Segre, 89 anos, sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz, foi colocada sob escolta da polícia por causa das ameaças que ela recebe pela internet.   

(ANSA)


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