ROMA, 27 JUN (ANSA) – A associação italiana Circolo Mario Mieli, que defende os direitos da comunidade LGBTQIA+, garantiu que participará em Budapeste, na Hungria, da Marcha do Orgulho LGBT, apesar da proibição do primeiro-ministro do país, Viktor Orbán.
“Iremos marchar na Parada do Orgulho LGBT de Budapeste e, depois das declarações de Orbán, não recuaremos um milímetro.
Acabamos de chegar a Budapeste e, antes que tivéssemos tempo de pousar, eles nos revistaram assim que desembarcamos”, declarou Mario Colamarino, presidente do grupo, em entrevista à ANSA.
O chefe de governo afirmou que as pessoas que participarem no próximo sábado (28) do evento na capital húngara poderão sofrer “consequências legais”. O político acrescentou que a nação “não é uma colônia” da União Europeia, onde eventos do tipo são permitidos e celebrados.
A comissária europeia para a Igualdade, Hadja Lahbib, e dezenas de outros deputados do continente garantiram que vão participar da Marcha do Orgulho LGBT de Budapeste. A Comissão Europeia já manifestou apoio ao evento.
A artista de rua romana Laika pintou um mural em Budapeste mostrando uma versão “queer” de Orbán. Na obra, o político aparece vestido com saia, saltos rosa, batom e gravata, enquanto agita uma bandeira do arco-íris.
Na bainha da saia usada pelo premiê, é possível ler as palavras “Libertem Maja”, em homenagem a uma militante antifascista não binária detida na Hungria. (ANSA).