A Quem, revista do Grupo Globo, foi falsamente acusada de pagar pela fiança de Daniel Alves, condenado por agressão sexual na Espanha, em troca de uma entrevista exclusiva. Em comunicado, a revista nega o que foi dito pela emissora espanhola Telecinco.
A informação falsa de que o valor teria sido pago pela “Quem” foi exibida no programa “Fiesta”, pela apresentadora Marisa Martín Blázquez no último domingo. “Parece ser que a revista, muito conhecida no Brasil, a revista “Quem”, pertencente ao Grupo Globo, em troca de uma reportagem que está sendo realizada na casa de Daniel Alves, teria adiantado este um milhão de fiança”, falou Marisa
Em nota, a revista reiterou que não paga por qualquer reportagem “dado o caráter jornalístico”. “Seguimos acreditando que o bom jornalismo jamais terá espaço para reportagens pagas”, diz o texto, que também afirma que a Quem ou o Grupo Globo não foram procurados pela emissora espanhola.
A fiança de Daniel Alves foi estipulada em 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) e foi paga cinco dias depois, o que permitiu a saída provisória do brasileiro da penitenciária em que estava em Barcelona. Ele também deve comparecer semanalmente na sede do Tribunal de Justiça de Barcelona e entregou os passaportes à Justiça espanhola, como garantia de que não vai deixar o país.
Segundo o jornal catalão “La Vanguardia”, o lateral teria recorrido ao pai de Neymar para arcar com o alto custo da liberação. Anteriormente, no começo do processo, a família do jogador do Al-Hilal e seleção brasileira já havia pago uma multa de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) como atenuante de pena.
O pai de Neymar negou que ofereceu ajuda financeira ao lateral, como admitiu ter feito anteriormente, e afirmou que isso era apenas uma tentativa de associar o seu nome e o do filho ao caso. “Espero que o Daniel encontre junto à sua própria família todas as respostas que ele procura. Para nós, para minha família, o assunto terminou”, escreveu.
Daniel Alves foi condenado por agressão sexual pelo Tribunal de Justiça de Barcelona a quatro anos e meio de prisão, cinco de liberdade vigiada e dez sem poder se aproximar da vítima.
Ele recorre ao Tribunal Superior de Justiça de Catalunha, alegando inocência. Ao mesmo órgão, o Ministério Público espanhol pede um aumento na pena concedida a Daniel Alves. Em caso de recurso negado, é possível recorrer ao Tribunal Supremo de Madri, órgão máximo da Justiça espanhola. O brasileiro está em casa desde 25 de março, quando deixou o complexo penitenciário de Brians 2.