Defensora do título, a Alemanha é a grande favorita do grupo F, que a priori terá a disputa entre México e Suécia pelo segundo lugar, mas sem descartar um tropeço da Mannschaft em uma chave que também conta com a Coreia do Sul.

A história da Copa do Mundo está recheada de campeões que tropeçam na primeira fase, mas a Alemanha demonstrou que sabe administrar jogos considerados mais fáceis em seu grupo.

– Encontrar a paz na Rússia –

Os alemães recuperaram a tranquilidade em Vatutinki, na periferia de Moscou, depois de dias de preparação agitados na Alemanha. O meia Ilkay Güngogan foi vaiado por conta de polêmica foto ao lado do presidente turco Recep Tayipp Erdogan.

Dentro de campo, a atual campeã finalmente poderá contar com o capitão e goleiro Manuel Neuer, recuperado para a Copa do Mundo após quase um ano sem defender o Bayern de Munique por lesão.

A estreia será no imponente estádio Luzhniki, domingo, contra o México. No ano passado, os alemães golearam os mexicanos por 4 a 1 na Copa das Confederações, apesar de estarem com um time “B”.

Como no ano passado, Joachim Löw não poupou elogios ao adversário: “É um time impressionante, seu estilo de jogo é muito dinâmico e todos os jogadores estão envolvidos na recuperação. No ataque, buscam aprofundar constantemente”.

O México tem consciência do tamanho do desafio: “Ninguém é imbatível, mas são muito superiores”, reconheceu o zagueiro Carlos Salcedo, que joga no Eintracht Frankfurt e conhece bem a Alemanha.

Os mexicanos também encontraram calmaria na Rússia, depois de ver a preparação marcada por uma festa dos jogadores na capital do país antes da viagem à sede da Copa do Mundo.

Dentro de campo, o técnico Juan Carlos Osorio conta com o bom momento de Hirving ‘Chucky’ Lozano e de Carlos Vela para tentarem desequilibrar em favor de sua equipe.

“Ele tem tudo. Pode ser o jogador revelação da Copa do Mundo. Sei de sua capacidade, não importa o rival que estiver adiante”, disse Erick Gutiérrez sobre ‘Chucky’ nesta semana.

– Carrasco da Itália –

Na etapa “pós-Ibrahimovic”, a Suécia chega forte, depois de eliminar a Itália na repescagem para a Copa do Mundo. Se já conseguiram tirar a tetracampeã do caminho, por que não repetir a façanha contra a Alemanha?

“Tem uma grande confiança em si próprios”, disse Löw. “Os conhecemos bem, têm muitos jogadores na Bundesliga. A Suécia é um time bem organizado, muito disciplinado, forte no ataque e capaz de defender muito bem”.

Os suecos encerraram a preparação com um empate sem gols com o Peru, que está há 15 jogos sem perder, uma mostra de que está preparado para qualquer tipo de desafio na Copa do Mundo.

Azarão do grupo, a Coreia do Sul deixou para trás a participação na edição que organizou, em 2002, quando alcançou as semifinais.

“É um time que corre muito”, advertiu Löw: “Se for necessário, podem correr em um jogo o que normalmente corremos em duas partidas”, acrescentou”.

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