O Brasil chega à Copa do Mundo Feminina com uma seleção renovada que busca reconquistar as glórias do passado, tendo como primeiro desafio o modesto Panamá, que pela primeira vez na história disputará o torneio.

O Grupo F do Mundial na Austrália e Nova Zelândia, que será realizado de 20 de julho a 20 de agosto, é completado por França e Jamaica.

Sob o comando da técnica sueca Pia Sundhage, o Brasil apostou na mudança após o fracasso na Copa do Mundo de 2019, quando perdeu exatamente para a anfitriã França nas oitavas de final (2-1 na prorrogação) e após eliminações prematuras nas duas Copas anteriores.

Sundhage, campeã no comando dos Estados Unidos em 2011, convocou jogadoras promissoras como a lateral-direita Antonia (Levante, ESP), as meio-campistas Ary Borges (Louisville City, EUA) e Kerolin (North Carolina Courage, EUA) e a atacante Gabi Nunes (ex-Madrid CFF, ESP).

Além de apresentar novidades, o Brasil vai se despedir no torneio da lendária Marta, considerada por muitos a maior jogadora da história e que deixa o futebol aos 37 anos.

Já o Panamá foi o último a se classificar para a Copa do Mundo, na repescagem contra Paraguai e Papua Nova Guiné, e faz sua estreia em um torneio mundial.

Apesar de contar com uma liga feminina semiprofissional local, suas jogadoras se destacam em torneios internacionais como os da Espanha, México, Costa Rica e Estados Unidos.

Mesmo apontada como a seleção mais fraca do Grupo F, o técnico mexicano Nacho Quintana se mostrou confiante: “Somos uma equipe que vai incomodar qualquer adversário”.

– Francesas pressionadas –

Uma seleção que vem sendo pressionada para melhorar seu desempenho é a França, principal candidata a avançar para a segunda fase junto com o Brasil.

As ‘Bleues’, quintas colocadas no ranking da Fifa, chegam comandadas pelo técnico Hervé Renard após a turbulenta demissão em março de Corrine Diacre, depois que várias jogadoras importantes, como a capitã Wendie Renard, ameaçaram deixar a seleção se ela fosse mantida como treinadora.

Renard, que levou a Arábia Saudita a uma vitória histórica contra a Argentina na Copa do Mundo masculina de 2022 (2-1), no Catar, terá uma tarefa difícil com as francesas, que até agora não conquistaram nenhum título internacional importante.

Nas duas últimas Copas do Mundo, as francesas foram eliminadas nas quartas de final, enquanto na Eurocopa do ano passado se despediram na semifinal, quando foram eliminadas pela Alemanha.

Sua missão se complicou com os desfalques de suas atacantes Delphine Cascarino (lesão no joelho) e Marie-Antoinette Katoto (lesão parcial do ligamento cruzado anterior).

A Jamaica também chega com a missão de melhorar sua imagem na Copa do Mundo, depois de perder as três partidas que disputou na edição de 2019, na França.

As ‘Reggae Girlz’ têm como trunfo a atacante Khadija Shaw, artilheira do Manchester City, ao lado de outras jogadoras que se destacam em campeonatos da Europa e dos Estados Unidos.

França e Jamaica se enfrentam no Sydney Football Stadium às 7h00 (horário de Brasília) de domingo, 23 de julho. Já a partida do Brasil contra o Panamá será na segunda-feira (24) no Estádio Hindmarsh, em Adelaide, também na Austrália.

mas/iga/aam/cb