SÃO PAULO, 15 ABR (ANSA) – O Grupo de Lima reconheceu nesta segunda-feira (15) que a Venezuela está vivendo “uma crise humanitária, política, econômica e moral”, provocada pelo governo “ilegítimo” do presidente Nicolás Maduro. Em comunicado divulgado após o encerramento da reunião realizada em Santiago do Chile, o Grupo de Lima afirmou que o líder chavista “constitui uma ameaça para a paz e a segurança internacional, com efeitos regionais e globais”. No documento, com 17 tópicos, os países fazem um apelo ao Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, à Assembleia Geral e ao Conselho de Segurança, na tentativa de que todos criem ações para dar assistência humanitária para os venezuelanos, e tomem atitude para evitar o deterioramento da paz. Além disso, o Grupo de Lima está exigindo a saída imediata de Maduro do cargo, o que é essencial para que a “democracia e a ordem constitucional no país latino sejam reestabelecidas”, e “eleições livres, justas e transparentes”. Entre os tópicos também a informação de que os representantes do Grupo reconhecem o autoproclamado Juan Guaidó como presidente da Venezuela e a exigência da libertação imediata de presos políticos. No texto ainda é solicitado que a comunidade internacional, principalmente China, Rússia, Cuba e Turquia, contribuam para processo de transição e reestabelecimento da democracia na Venezuela. Por fim, o grupo de 13 países rechaçou qualquer ameaça que resulte em uma intervenção militar no país.   

A declaração conjunta foi assinada pelos representantes da Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, Santa Lúcia e Venezuela. O Equador assistiu o encontro na qualidade de observador. O Brasil foi representado pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. (ANSA)